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Ministério da Justiça transfere 23 presos de penitenciárias federais.
Novidades
Publicado em 04/03/2024

A Secretaria Nacional de Políticas Penais (Sennappen), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, remanejou 23 detentos do sitema penitenciário federal, incluindo Fernandinho Beira-Mar, um dos líderes da facção criminosa, Comando Vermelho (CV).

Segundo o Ministério, a transferência de parte dos presos que cumprem pena em dos cinco presídios de segurança máxima - Brasília, Campo Grande (MS), Catanduvas (PR), Mossoró (RN) e Porto Velho (RO) - coordenados pela Senneppen, é uma medida de segurança, realizada periodicamente.

"O remanejamento de presos no âmbito do sistema penitenciário federal é uma medida importante para o seu perfeito funcionamento, pois visa impedir articulações das organizações criminosas dentro dos estabelecimentos de segurança máxima, além de enfraquecer e dificultar vínculos nas regiões onde se encontram as penitenciárias federais" informou o Ministério da Justiça, em nota.

Os presos foram remanejados entre penitenciárias federais entre a última sexta-feira (1º) e domingo (3). A medida, contudo, só foi divulgada hoje (4), sem mais detalhes. Por segurança, o Ministério não informou quem são os demais presos transferidos, nem para quais unidades eles foram levados.

Em relação a Fernandinho Beira-Mar, um dos transferidos, segundo informações, ele cumpria pena no presídio federal em Mossoró (RN), o mesmo de onde dois detentos de alta periculosidade fugiram em 14 de fevereiro deste ano. A fuga de Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral do Nascimento foi a primeira registrada no sistema penitenciário federal desde quando ele foi criado, em 2006, para isolar lideranças de organizações criminosas e presos de alta periculosidade.

A unidade potiguar estava passando por uma reforma. Investigações preliminares indicam que Mendonça e Nascimento usaram ferramentas que encontraram largadas dentro do presídio para abrir o buraco por onde fugiram de suas celas individuais. Além disso já foram identificadas várias falhas nos equipamentos de segurança, como no sistema de monitoramento.

Um processo administrativo e um inquérito da Polícia Federal foram instaurados para apurar as circunstâncias e responsabilidades pela fuga.

 

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