A Cãmara Municipal de Vereadores de Apucarana reprovou a prestação de contas do ex-prefeito Valter Aparecido Pegorer referente ao exercício financeiro de 2006. A sessão específica foi realizada na tarde desta segunda-feira (1) com 6 votos favoráveis, um contrário e uma abstenção. "Essas contas vieram com o parecer pela reprovação do Tribunal de Contas do estado do Paraná (TCE_Pr). A câmara acompanhou esse parecer e a votação foi pela reprovação", disse o presidente da Casa de Leis, Luciano Molina (PL).
Sobre o atraso de 18 anos no julgamento das contas, Molina justifica que a Câmara recebeu o parecer do TCE em meados do ano passado e deu encaminhamento ao rito com celeridade. "Na verdade, o atraso foi do Tribunal de Contas do estado, nós não temos como pautar o TCE. A partir do momento que as contas chegaram aqui já demos o rito, informamos o ex-prefeito e colocamos para votação, então por parte da Câmara, não houve atraso", afirmou.
Quem se absteve de votar foi o vereador Marcos da Vila Reis (PSD), que alegou ter sido surpreendido com o teor da sessão. Durante sua justificativa de voto, o vereador questinou o fato de julgarem as contas do ex-prefeito quase duas décadas depois e em ano eleitoral. "Dezoito anos depois, em uma ano eleitoral, levantar questão dessa. Sei que o Tribunal de Contas é técnico, mas também é político, confesso que fui surpreendido com essa votação, não estava ciente do que estaria acontecendo, não vou acompanhar o tribunal nem a comissão. Para não cometer nenhuma injustiça, me abstenho de votar nessas contas", disse.
Votaram pela reprovação das contas os vereadores Antonio garcia (União), Luciano Facchiano (PSB), Mario Felipe (MDB) e Rodrigo Recife (União). Os vereadores Francisley Poim (PSD) e Lucas Leugi (PP) não compareceram à sessão.
O vereador Moisés Tavares (Cidadania) deu voto contrário e defendeu a gestão de Pegorer. "Falo com tranquilidade porque conheci e participei dessa gestão. Eu já contribuía com a administração pública e com políticas públicas e juventude e pude participar muito do conhecimento e das intenções dos gestores. Um ano ímpar, diferente, eleitoral, e sempre o julgamento de contas de um ex-gestor que possa parecer risco político para algum grupo não deixa de ser pauta interessante para aqueles que pensam diferente da gente", disse
Pegorer não compareceu à sessão, porém enviou uma carta que foi lida por Tavares. "É lamentável constatar que após 18 anos da ocorrência de possíveis ou supostas falhas administrativas, que não são incomuns no setor público, seja esfera do executivo ou legislativo as mesmas possam suscitar discussões infrutíferas e com critérios eminentemente políticos que não contribuirão nada na mitigação da situação ocorrida a quase duas décadas", diz um trecho do Texto enviado pelo ex-prefeito Valter Aparecido Pegorer.
Texto: TN On Line
Edição; Ferreira Junior
