O cenário de desabastecimento de vacinas essenciais do calendário nacional de imunização persiste no país. Após três meses da primeira edição de pesquisa sobre o tema, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) repetiu o levantamento com 2.895 Municípios e constatou a falta de imunizantes para proteger a população em 65,8%. O levantamento – feito de 29 de novembro a 12 de dezembro – foi divulgado nesta sexta- feira (27). No Paraná, 78% das cidades registram falta de abastecimento de vacinadas. Segundo a CNM, 78,6% das cidades paranaenses responderam as duas pesquisas.
Da amostragem, 52,4% dos Municípios brasileiros(1.516) relataram que não havia estoque da vacina contra a varicela (catapora). Em segundo lugar, o imunizante que mais faltava nas cidades, no período pesquisado, foi o da covid-19 para adultos – ausente em 25,4% (736), com uma média de 45 dias sem disponibilidade. A responsabilidade por comprar as vacinas que são ofertadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Brasil é do Ministério da Saúde.
Além do cenário geral que preocupa a entidade, a falta de proteção contra a covid-19 se acentua em um momento delicado. “A primeira semana de dezembro teve um aumento de 60% no número de notificações da doença no Brasil. É o maior desde março”, alerta o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski. O país registrou 20.287 casos de 1 a 7 de dezembro, segundo dados do Painel Covid-19 do Ministério da Saúde.
A terceira vacina que mais Municípios (520 ou 18%) apontaram falta de doses foi a DTP, que combate a difteria, o tétano e a coqueluche. O imunizante já não constava nos estoques dessas cidades, em média, há 60 dias.
Fonte: Bem Paraná
Edição: Gleice Santos