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MULHER SUSPEITA DE REALIZAR CIRURGIAS PLÁSTICAS ILEGAIS EM PESSOAS TRANS E TRAVESTIS É DETIDA APÓS MORTES DE CLIENTES
Uma das vítimas da suspeita foi Cristiane Andrea da Silva, que faleceu em 2024 em Ponta Grossa. A prisão ocorreu em São Paulo. De acordo com o delegado, a detida ainda não possui advogado.
Por Gleice Santos
Publicado em 21/03/2025 12:00
Novidades

Uma operação conjunta das polícias civis do Paraná e de São Paulo resultou na prisão de Skalet, uma travesti de 56 anos, suspeita de realizar cirurgias plásticas ilegais que levaram à morte de clientes. A informação foi confirmada pelo delegado Luis Gustavo Timossi, da Polícia Civil do Paraná (PC-PR).

Skalet foi capturada em São Paulo, na quinta-feira (20), como parte das investigações relacionadas à morte de Cristiane Andrea da Silva, que ocorreu em 24 de outubro de 2024, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná.

De acordo com o delegado, Skalet atuava como "bombadeira", termo utilizado para descrever pessoas sem formação médica que realizam modificações corporais, como a aplicação de silicone industrial e outras substâncias, especialmente em mulheres trans e travestis.

"Esses procedimentos clandestinos representam riscos elevados à saúde e podem resultar em mortes", declarou Timossi.

O delegado também afirmou que Skalet visava principalmente pessoas trans e travestis, aproveitando-se da vulnerabilidade social desse grupo, que enfrenta dificuldades de acesso a tratamentos estéticos legais.

Investigações adicionais revelaram que Cristiane não foi a única vítima dos procedimentos realizados por Skalet. A polícia ainda vincula outra morte em Marília (SP), ocorrida em 2019, à mesma suspeita.

Indiciamento
Skalet foi indiciada por homicídio e exercício ilegal da medicina. A combinação desses crimes pode resultar em uma pena de até 22 anos de prisão, de acordo com o Código Penal. Além disso, a legislação prevê multa caso o exercício ilegal da medicina tenha como objetivo o lucro.

O delegado também afirmou que a suspeita ainda não possui defesa constituída.

Vítima do Paraná morreu após ser socorrida pelo marido
Segundo o delegado responsável pela investigação de Cristiane Andrea da Silva, ela faleceu após contratar Skalet para a aplicação de silicone industrial (PMMA), pelo valor de R$ 1.500.

Após complicações durante o procedimento, Skalet fugiu. Cristiane foi socorrida pelo marido e levada a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas não resistiu e morreu durante o atendimento médico.

"A vítima faleceu após a aplicação de silicone industrial em um ambiente totalmente insalubre e inadequado para procedimentos médicos", relatou Timossi.

Após a morte de Cristiane, a equipe médica acionou a polícia, que conseguiu identificar e prender a suspeita.

 

Cristiane Andrea da Silva, de 39 anos, trabalhava como cabeleireira em Ponta Grossa. Natural de São Jorge do Ivaí, ela foi sepultada na cidade vizinha de Nova Esperança, no noroeste do Paraná.

 

Rádio Apucarana / Jornal De Apucarana

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