Um advogado de 28 anos foi preso nesta segunda-feira (12) suspeito de ter colocado uma bomba no Terminal do Boqueirão, em Curitiba. O artefato foi encontrado no fim de março por um vigilante do local, que percebeu uma sacola com panfletos políticos soltando fumaça. A Polícia Militar foi acionada e, com apoio do Esquadrão Antibombas, realizou uma explosão controlada do dispositivo.
Segundo a PM, a bomba não detonou por conta de uma falha no equipamento de acionamento. O suspeito, que também trabalha em um banco estatal e não possui antecedentes criminais, foi identificado após investigação que envolveu análise de imagens de segurança e rastreamento de deslocamentos com ônibus e veículo particular.
Durante operação de busca e apreensão, a polícia encontrou dois revólveres, materiais semelhantes aos usados na montagem da bomba (como fios de cobre e fitas adesivas), além de perucas e disfarces. Imagens mostram o suspeito usando capuz, máscara, óculos e luvas no dia do crime.
De acordo com a Polícia Civil, o homem arquitetou um plano com trocas de roupa, uso de cartão avulso do transporte público e rotas alternativas para dificultar sua identificação. Uma casa alugada no bairro Ganchinho, onde ele foi visto várias vezes, pode ter sido usada para planejar a ação. Ele também possui um endereço no bairro Ahú, distante do local do crime.
A motivação ainda é desconhecida. O delegado Adriano Chohfi, da Delegacia de Explosivos, Armas e Munições, afirmou que as investigações continuam e não está descartada a participação de outras pessoas.
O suspeito vai responder pelo crime de explosão, cuja pena varia de três a seis anos de prisão, além de multa.
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