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Parecer técnico da Caixa aprova Hospital de Apucarana
No entanto, prefeito descarta seu funcionamento no momento
Por Edison Costa
Publicado em 19/05/2025 16:49
Saúde

A Prefeitura de Apucarana recebeu nesta segunda-feira parecer técnico do Departamento de Engenharia da Caixa Econômica Federal sobre a funcionalidade do prédio do Hospital de Apucarana, após vistoria na sua estrutura encomendada pela administração do prefeito Rodolfo Mota (União Brasil). O parecer, concluído depois de um mês de vistoria, considera que o prédio tem todas as condições necessárias para funcionar como hospital, bastando apenas a instalação de equipamentos. No entanto, o prefeito Rodolfo Mota descartou essa possibilidade por enquanto, alegando dificuldades financeiras. “Não existe a menor condição financeira no momento de abrir o hospital”, disse Mota, antecipando ao que ele próprio já imaginava que seria uma pergunta a ser respondida na entrevista coletiva de imprensa convocada em seu gabinete. Segundo ele, para colocar dois centros cirúrgicos em funcionamento isso vai custar em torno de R$ 1,5 milhão a R$ 2 milhões por mês, recurso que a Prefeitura não dispõe após ter que assumir altas dívidas do Município com o INSS. “Nós estamos pagando de um único financiamento quase R$ 1 milhão por mês e ainda temos mais R$ 150 milhões de INSS dos nossos professores que vamos negociar com o órgão”, acrescentou.

Mota pediu à sua equipe de engenharia que, junto com técnicos da Caixa, conclua os detalhes do parecer, para que o Município possa ocupar o prédio efetivamente nos próximos dias e dar uma destinação àquele espaço físico com outros tipos de atendimentos de saúde. Vale lembrar que no térreo do hospital já está funcionando um plantão da dengue 18 horas.

“O que a gente queria era ter a certeza e a tranquilidade de que a obra foi executada e não tinha nenhum tipo de problema estruturante”, afirmou Mota, lembrando que foram colocados mais de R$ 20 milhões na reforma do prédio do antigo Hospital São José e da antiga Autarquia Municipal de Saúde e era preciso saber se a construtora executou tudo dentro do contrato.

O prefeito frisou que a prioridade no momento é chamar todas aquelas pessoas que estão há três ou quatro anos aguardando uma consulta com especialista, ou ainda aguardando uma ressonância, uma endoscopia ou colonoscopia. “Por isso nosso esforço em fazer os mutirões que temos feito para diminuir essa fila e esses sofrimentos”, afirmou. Quanto às cirurgias, conforme assinala, a Autarquia de Saúde está chamando esses pacientes para fazer em outros hospitais da região.

Sobre a empresa contratada pela administração anterior para tocar o hospital, Mota assinala que a licitação foi feita antes do término da obra e não há interesse da prefeitura em manter o modelo contratado. Essa é uma situação que está sendo tratada pelo departamento jurídico do município. Ele não descarta a possibilidade de contratar a mesma empresa, dentro do modelo de gestão estabelecido pela administração municipal futuramente.

O Hospital de Apucarana, construído pela gestão Junior da Femac, foi inaugurado em dezembro de 2024. O investimento foi de R$ 25 milhões, sendo R$ 22 milhões de recursos próprios e R$ 3 milhões através dos deputados estaduais Arilson Chiorato e Anibeli Neto e federais Gleisi Hoffmann e Sérgio Souza. O prédio dispõe de uma estrutura de 56 leitos e dois centros cirúrgicos, entre outras áreas.

Na entrega do parecer técnico do prédio, nesta segunda-feira, estiveram presentes os representantes da Caixa Econômica Federal, Viviane Gonçalves, superintendente de Governo; o engenheiro Wilton Onishi; e o coordenador de filiais da Caixa, Messias Anacleto Junior.

 

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