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BEBÊ É DEIXADO EM BOCA DE FUMO COMO GARANTIA DE DÍVIDA DE R$ 150 NO PARANÁ
Tios resgataram a criança de 1 ano e 2 meses e denunciaram o caso ao Conselho Tutelar; pais são suspeitos de abandono de incapaz e estão sendo procurados
Por Gleice Santos
Publicado em 21/05/2025 08:41
Notìcia

Um bebê de apenas 1 ano e 2 meses foi deixado pelos próprios pais em uma boca de fumo na cidade de Sarandi, no norte do Paraná, como garantia de pagamento de uma dívida de R$ 150. A denúncia foi feita ao Conselho Tutelar na última sexta-feira (16) pelos tios da criança, que também foram os responsáveis por resgatá-la do local.

De acordo com o conselheiro Valdir Costa, os tios relataram que souberam da situação por terceiros e decidiram ir pessoalmente até o ponto de venda de drogas para tentar retirar o sobrinho. Segundo eles, houve resistência por parte dos traficantes, que se recusavam a devolver o bebê. Após várias tentativas, conseguiram resgatar a criança à força, sem efetuar o pagamento da dívida.

Os pais do bebê, segundo os tios, são usuários de drogas e vivem em situação de rua em Sarandi. O casal tem outros dois filhos, de 6 e 11 anos, que estão sob os cuidados da avó materna.

“A dívida era de aproximadamente R$ 150. Infelizmente, temos atendido cada vez mais casos envolvendo pais usuários de drogas, e esse tipo de situação tem se tornado recorrente”, afirmou o conselheiro tutelar.

A criança foi acolhida provisoriamente pelos tios, que assinaram um termo de responsabilidade. O caso já foi comunicado à Vara da Infância e da Juventude, que irá avaliar a guarda definitiva.

A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o caso. O delegado Adriano Garcia informou que os pais estão sendo procurados e podem responder por abandono de incapaz. A polícia também vai apurar possíveis crimes de sequestro — pelo fato de os traficantes terem se recusado a devolver a criança — e tráfico de drogas.

"A coisificação do ser humano é um reflexo cruel da dependência química. Um bebê ser usado como garantia de pagamento é algo inaceitável", lamentou o delegado.

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