O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) está utilizando um sonar subaquático side scan de última geração que transforma áreas extensas de rios, lagos e mares em imagens 3D nítidas — mesmo em águas profundas e turvas. A tecnologia, a mesma usada nas últimas imagens do Titanic, tem sido um diferencial em operações de resgate.
Com alcance de até 300 metros de profundidade e cobertura lateral de 150 metros para cada lado, o sonar permite localizar embarcações, carros, aeronaves e até vítimas de afogamento com precisão. Em recente operação no Rio Paranapanema, em apenas três horas, a equipe varreu 242 mil m² com sucesso.
Segundo o major Gabriel Greinert, comandante do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST), o equipamento reduz riscos aos mergulhadores e economiza tempo, especialmente em locais de difícil acesso. “Com o sonar, conseguimos identificar ou descartar áreas antes mesmo de iniciar o mergulho.”
O Governo do Estado investiu R$ 450 mil no equipamento, e a Secretaria de Segurança Pública destinou mais R$ 1,5 milhão para novas tecnologias de busca, como escafandros, máscaras full face e aparelhos de comunicação subaquática. A meta é alcançar operações técnicas seguras até 70 metros de profundidade até 2026.
O Paraná é um dos únicos estados do país com esse tipo de recurso avançado, ao lado do Distrito Federal e do Rio de Janeiro.