Atendendo a um pedido da defesa, o Tribunal Regional Eleitoral-PR (TRE-PR) adiou para o dia 3 de setembro o julgamento do recurso impetrado pelo partido Democracia Cristã (DC), de Apucarana, em ação de investigação eleitoral que aponta fraude à cota de gênero nas eleições municipais do ano passado. O julgamento estava marcado para a sessão virtual desta quarta-feira (20).
O adiamento teria ocorrido porque os advogados de defesa pediram para fazer a sustentação oral no plenário, fazendo uso de suas prerrogativas, o que não seria possível na sessão virtual desta quarta-feira.
Além disso, o TRE-PR também pretende realizar no dia 3 de setembro o julgamento do recurso apresentado pelo PT contra o DC sobre o mesmo assunto.
Vale lembrar que, em decisão de primeira instância, o juiz eleitoral no pleito de 2024, Rogério Tragibo de Campos, da 28ª Zona Eleitoral de Apucarana, anulou todos os votos do partido DC e, ao mesmo tempo, determinou a retotalização dos votos válidos e o recálculo dos quocientes eleitoral e partidário, o que resulta em alteração no quadro de vereadores eleitos.
A ação de investigação eleitoral aponta que duas candidaturas femininas registradas do partido teriam sido fictícias. Uma das candidatas, inclusive, confirmou em detalhes a fraude em depoimento à Justiça Eleitoral.
No TRE-PR, a Procuradoria Regional Eleitoral deu parecer favorável ao provimento da ação.
Se mantida a anulação dos votos, o vereador eleito pelo DC, Adam Lenharo, perde o mandato. O mesmo pode acontecer com o vereador eleito Luciano Facchiano (Agir), que também sairia prejudicado com a nova recontagem.
As duas vagas abertas na Câmara de Apucarana seriam ocupadas por Lucas Leugi (PSD) e Pablo da Segurança (Cidadania). Leugi exerce hoje o cargo de diretor da 16ª Regional de Saúde de Apucarana, enquanto Pablo da Segurança é comandante da Guarda Civil Municipal.