A Fiocruz acaba de cravar um feito inédito e histórico. Pela primeira vez no Brasil (e no mundo), uma instituição acadêmica terá três mulheres com síndrome de Down como professoras de pós-graduação
Luiza de Lucena Godoi Acosta (1ª da esquerda para a direita), de Apucarana (PR), Geórgia Baltieri Bergantin, de Mogi das Cruzes (SP), e Amanda Amaral Lopes, de Vitória da Conquista (BA), atuam na área da saúde e estão sendo preparadas pela própria Fiocruz para levar para a sala de aula suas experiências de vida, ajudando a pensar os desafios do SUS.
As novas docentes da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/Fiocruz) vão integrar a especialização que começa ainda neste mês de setembro e que pretende qualificar a Rede de Cuidados da Pessoa com Deficiência. A ideia é incluir no corpo docente justamente quem, por décadas, foi excluído da produção de conhecimento.
A seleção teve quase 400 inscritos, dos quais 30 foram escolhidos para passar por uma semana de formação como facilitadores docentes. Esses professores atuarão na mediação de situações do cotidiano da rede de saúde e na orientação de projetos de conclusão de curso, além de contribuir nos módulos estruturantes e eletivos da especialização.