O juiz da 28ª Zona Eleitoral da Comarca de Apucarana, Laércio Franco Junior, comandou na tarde desta sexta-feira cerimônia de retotalização dos votos dados para vereadores nas eleições de outubro do ano passado em Apucarana. A retotalização atendeu a uma decisão de primeira instância e confirmada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), de Curitiba, que determinou a anulação dos votos do partido Democracia Cristã (DC), por fraude na cota de gênero. O partido elegeu o vereador Adan Lenharo, com 1.965 votos, porém acabou perdendo a vaga por conta desta situação.
A retotalização provoca duas mudanças na Câmara, com as entradas de Lucas Leugi (PSD) e Pablo da Segurança (Cidadania). Os dois foram diplomados durante a cerimônia pelo juiz eleitoral Laércio Franco Júnior, e serão empossados na Câmara nos dias 3 e 4 de outubro, respectivamente.
Lucas e Pablo assumem as cadeiras deixadas por Adan Lenharo, do DC, e também do vereador Luciano Facchiano (Agir), que perde a sua cadeira por conta do recálculo do quociente eleitoral. Dessa forma, o Agir ficará apenas com uma vaga no Legislativo, que é de José Aírton Deco de Araújo. Deco, inclusive, está deixando a presidência da Autarquia de Serviços Funerários de Apucarana (Aserfa), para assumir o posto que é seu na Câmara de Vereadores. Com isso, Wellington Gentil de Freitas (Agir), volta para a suplência.
Em entrevista ao programa Meu Município, Minha Terra, da Rádio TV Apucarana, o juiz eleitoral Laércio Franco Junior, explicou que a retotalização dos votos, com as consequentes mudanças na Câmara de Apucarana, ocorrem por fraude na cota de gênero. Foi isso que originou a primeira retotalização por conta de mesma irregularidade no partido Podemos, a qual acabou tirando a vaga de Vilas Boas, do PDT, assumindo o petista Odarlone Orente (PT). O juiz lamenta que irregularidades como essas tenham ocorrido em Apucarana.