A Prefeitura de Arapongas informou nesta quinta-feira, 06, o encerramento das atividades no Aterro Sanitário Municipal. A partir deste mês de novembro, o município não vai mais descartar lixo orgânico no local, que teve as atividades encerradas.
“O aterro está dividido em duas células. Uma delas é a do orgânico, que é o que está fechado, e a outra é a dos móveis inservíveis, dos descartes de podas, resíduos volumosos. O aterro já iniciou o fechamento na segunda-feira, dia 3, e não estamos mais recebendo lixo orgânico. Então, a empresa Sanetran está levando o lixo recolhido durante a coleta na cidade diretamente para uma empresa em Apucarana, que ganhou a licitação”, explica Sandra Corrêa, secretária de Agricultura, Serviços Públicos e Meio Ambiente. A próxima etapa é estudar quais são as formas para a recuperação da área.
Está em andamento no Tribunal de Contas uma consulta para a finalização de uma Parceria Público-Privada (PPP) voltada para essa questão dos resíduos sólidos.
O prefeito Rafael Cita destaca que a retirada do aterro é mais um compromisso de campanha cumprido. “Era uma questão prioritária porque envolve também a saúde pública”, pontuou. Em junho, o deputado federal Pedro Lupion (PP) trouxe recursos de R$ 3 milhões para auxiliar a viabilizar a retirada do aterro de Arapongas.
Em outubro, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura, Serviços Públicos e Meio Ambiente (SEASPMA), já havia convocado uma reunião a respeito da situação crítica dos trabalhadores informais que atuam no aterro sanitário. O encontro, que ocorreu na Câmara Municipal, visou estabelecer um plano de transição claro e organizado, garantindo a integração socioeconômica desses indivíduos e evitando um processo desordenado que poderia agravar a vulnerabilidade social.
A secretária Sandra Correa relata que os motivos para o encerramento do aterro incluem esgotamento técnico e da capacidade operacional; irregularidades e pressão do Ministério Público; inadequação legal e ambiental da estrutura atual; e risco social e de saúde pública para os trabalhadores e para a comunidade.
Além disso, foram detalhados oportunidades e modelos de trabalho durante a reunião: apresentação do modelo cooperativo; regras, condições e benefícios; oportunidades de emprego formal e qualificação; vagas de emprego via Agência do Trabalhador. Os postos-chaves foram os cursos de qualificação profissional gratuitos, Em uma iniciativa para aumentar a empregabilidade dos trabalhadores, a secretaria firmou uma parceria com o Centro Brasileiro de Cursos (Cebrac), instituição de ensino profissionalizante com foco na preparação de jovens e adultos para o mercado de trabalho. Ainda houve oferta de rede de suporte e acompanhamento social.
Como resultados, foi feito levantamento de interessados, com a criação imediata de uma lista com os nomes e contatos dos trabalhadores informais que desejam ingressar nas cooperativas; distribuição dos trabalhadores - uma reunião interna agendada com os representantes legais e as lideranças das cooperativas para definir a alocação dos interessados, seguindo critérios que serão estabelecidos conjuntamente para garantir um processo justo e organizado; disponibilidade contínua – reforçou-se que a SEASPMA, a Agência do Trabalhador e a Assistência Social permanecerão com as portas abertas para prestar todo o auxílio necessário aos trabalhadores ao longo do processo de transição.