Já o déficit crônico afeta mais a saúde a longo prazo. "Ele está associado a prejuízos na esfera da saúde mental (depressão, ansiedade, síndrome do pânico); você também diminui suas funções cognitivas (memória) e a consolidação dessa memória; aumentam os riscos de doenças crônicas - e para quem tem a doença estabelecida, aumenta a dificuldade de controle", completa o professor de neurologia.
Entre as principais consequências da falta de sono como algo crônico estão:
- Problemas cardiovasculares - os distúrbios do sono alteram o ritmo circadiano (relógio biológico), algo que interfere em funções cardiovasculares como a frequência cardíaca e a pressão arterial. Assim, a má qualidade do sono se torna um fator de risco para infarto e acidente vascular cerebral.
- Doenças crônicas - a privação de sono também está relacionada ao desenvolvimento de doenças crônicas como diabetes tipo 2, obesidade e hipertensão arterial.
- Problemas ósseos - com a má qualidade do sono, também há um aumento no risco de problemas ósseos, como a osteoporose. Isso porque, durante o sono, são produzidos hormônios responsáveis pelo crescimento pela formação dos ossos.
- Queda da imunidade - no período de descanso é quando o sistema imunológico se recupera. Dormir menos de 6 horas pode prejudicar a capacidade do corpo de combater infecções e proteger organismo contra doenças.
- Problemas para a saúde mental e cognitiva - dormir mal torna a pessoa mais vulnerável a quadros como depressão e ansiedade, além de agravar problemas psicológicos já existentes. Além disso, também eleva o risco de desenvolvimento de demência e Alzheimer.
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Como dormir bem
Além de se atentar a quantidade de horas de sono por dia, também é preciso cuidar para que o descanso seja realmente reparador.
Abaixo, algumas dicas de como melhorar a qualidade do sono:
- Tenha regularidade: vá dormir e acorde no mesmo horário todos os dias, incluindo fins de semana. É importante que o seu corpo tenha um horário regular de sono.
- Relaxe antes de dormir: ouça uma música, leia um livro, tome um banho morno, medite.
- Durma pelo menos sete horas se você for adulto: o National Sleep Foundation recomenda que adultos entre 18 e 65 anos durmam entre sete e nove horas por noite.
- Mantenha o quarto silencioso: o ideal é evitar distrações barulhentas.
- Bloqueie a luz: sabemos que a exposição excessiva à luz pode prejudicar o sono. Evitar luz forte ajuda na produção da melatonina, o hormônio da escuridão que prepara o nosso corpo para dormir.
- Evite comidas pesadas e gordurosas antes de dormir: o ideal é se alimentar algumas horas antes de ir para a cama. Caso precise de um lanchinho, opte por algo leve.
- Nada de cigarro ou álcool: eles podem atrapalhar o sono e podem causar despertares noturnos.
- Faça exercícios: tente manter uma rotina de exercícios - 40 minutos de treino aeróbico ou de resistência quatro vezes por semana ajudam no sono.
- Deixe o celular para lá: o ideal é tentar desconectar por uma hora ou mais antes de ir para a cama. A luz dos dispositivos eletrônicos pode suprimir a produção natural de melatonina.
- Vá para cama com sono: se não conseguir dormir após 30 minutos, levante-se. Especialista dizem que a cama é apenas para dormir e fazer sexo.
Rádio Apucarana / Jornal De Apucarana