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COMO É ESCOLHIDO O NOVO PAPA: ENTENDA O PROCESSO DO CONCLAVE
Sucessor de Francisco será definido em um ritual reservado, marcado por tradição e sigilo absoluto.
Por Gleice Santos
Publicado em 21/04/2025 12:57 • Atualizado 21/04/2025 13:03
Novidades

Após a morte do Papa Francisco, um dos rituais mais antigos da Igreja Católica será iniciado: o conclave. Trata-se do processo tradicional e altamente reservado no qual um novo líder espiritual é escolhido para ocupar o posto mais elevado da Igreja. O conclave, que inspirou o longa indicado ao Oscar “Conclave”, dirigido por Edward Berger, segue um protocolo rígido, pautado pelo voto secreto e encerrado com a famosa fumaça que anuncia o resultado.

Embora esse rito remonte a séculos de história, foi apenas no século XX que ele passou a ser realizado de forma mais sistematizada e livre de influências externas. A cerimônia ocorre na Capela Sistina, que é isolada completamente. Dela, sobe fumaça preta quando a decisão ainda não foi tomada — e branca, quando o novo Pontífice é definido.

Esse período entre a morte (ou renúncia) de um papa e a eleição de seu sucessor é conhecido como Sé Vacante. Durante esse intervalo, a administração do Vaticano fica sob responsabilidade do Colégio de Cardeais e do Camerlengo. Ao mesmo tempo, os cardeais com direito a voto participam de reuniões preparatórias, nas quais são definidos o calendário e os detalhes do conclave. O cardeal Giovanni Battista Re, atual decano do colégio, preside esses encontros.

Com a agenda definida, os cardeais são isolados do mundo exterior. A partir desse momento, eles não têm acesso a telefone, internet, televisão ou qualquer meio de comunicação. Eles ficam hospedados na Casa de Santa Marta, também trancada, enquanto a votação é realizada na Capela Sistina.

 

 

 

A cerimônia começa com uma missa solene chamada Pro eligendo Pontifice, na Basílica de São Pedro. Depois, os cardeais seguem em procissão até a Capela Sistina, entoando orações como a Ladainha de Todos os Santos e o Veni, Creator Spiritus, pedindo inspiração divina. Lá, diante do afresco “Juízo Final”, de Michelangelo, eles prestam um juramento de sigilo, que se estende para depois do conclave — e cuja quebra pode resultar em excomunhão.

 seguir, um responsável anuncia: “Extra omnes” (“Todos para fora”), ordenando a saída de todos que não participam diretamente da votação. Permanecem apenas alguns oficiais indispensáveis ao andamento do processo, como seguranças e mestres de cerimônia.

 colégio eleitoral pode contar com até 120 cardeais com direito a voto — entre os 252 membros atuais, apenas 138 têm menos de 80 anos, idade máxima para participar da escolha.

ara que um nome seja eleito, ele precisa obter dois terços dos votos válidos. Se não houver consenso na primeira votação, o conclave prossegue no dia seguinte com quatro sessões de votação: duas pela manhã e duas à tarde. Caso o impasse persista até o terceiro dia, os cardeais fazem uma pausa para oração e reiniciam o processo com mais quatro rodadas.

 

 

Cada cardeal escreve o nome de sua escolha numa cédula que contém a frase “Eligo in Summum Pontificem” (Elejo o Sumo Pontífice). Ao depositar o voto no altar, o cardeal afirma:

"Invoco como minha testemunha Cristo, o Senhor, que será meu juiz, de que este voto é dado àquele que, diante de Deus, acredito ser digno."

ove cardeais são sorteados para funções específicas: três integram a mesa de apuração, três recolhem votos caso algum cardeal esteja com dificuldades e outros três supervisionam o processo.

s cédulas são então costuradas com linha e agulha, perfurando a palavra “eligo”, e depois queimadas com substâncias químicas que produzem a fumaça preta ou branca, sinalizando o resultado.

o ser eleito, o novo Papa é questionado se aceita o posto e, ao responder positivamente, escolhe o nome que usará como Pontífice. Ele é então apresentado ao mundo da sacada da Basílica de São Pedro com a tradicional frase:

“Annuntio vobis gaudium magnum: Habemus Papam”

("Anuncio a vocês uma grande alegria: temos um Papa.")

 

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