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Deputados Rejeitam Fim da Jornada 6x1, Mas Apoiam Elevação da Isenção do Imposto de Renda, Diz Pesquisa
Levantamento Genial/Quaest mostra que 70% são contra o fim da escala 6x1, enquanto 88% apoiam isenção maior do IR A pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta qua
Por Matheus Daczuk
Publicado em 02/07/2025 12:21
Política

A pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (2), revelou que a maioria dos deputados federais brasileiros é contrária ao fim da jornada de trabalho 6x1 (70%) e favorável à elevação da faixa de isenção do Imposto de Renda (88%). Realizado entre 7 de maio e 30 de junho com 203 dos 513 deputados, o levantamento tem margem de erro de 4,5 pontos percentuais e reflete o posicionamento do Congresso sobre pautas prioritárias.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que busca acabar com a escala 6x1, de autoria da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), enfrenta resistência, apesar de ter sido assinada por 210 deputados em 2024. Apenas 22% dos entrevistados apoiam a medida, enquanto 8% não souberam ou não responderam. A proposta, que ganhou força com movimentos de ativistas de esquerda no último ano, foi protocolada em fevereiro e está em discussão numa subcomissão desde maio.

Por outro lado, a elevação da faixa de isenção do Imposto de Renda, uma promessa do governo Lula, tem forte apoio: 88% dos deputados são favoráveis, contra apenas 5% contrários e 7% indecisos. A proposta, enviada ao Congresso em março de 2025, prevê isenção para rendas de até R$ 5.000 mensais, com compensação via taxação de altos rendimentos e dividendos.

Outras pautas com alta adesão incluem a exploração de petróleo na Amazônia (88% a favor, apesar da oposição da ministra Marina Silva) e o aumento de penas para roubos e furtos (76% a favor). No entanto, propostas como a exclusão de verbas do Judiciário do teto de gastos (70% contra) e a regulamentação de supersalários (53% contra) enfrentam forte rejeição. Pautas como a PEC da Segurança Pública e a tributação de super-ricos estão divididas, com empate técnico dentro da margem de erro.

Entre os projetos com maioria favorável, destacam-se o fim da reeleição para cargos executivos (69%), a segunda fase da reforma tributária (63%) e a proibição de apostas online para beneficiários de programas sociais (55%). A pesquisa aponta um Congresso dividido, com resistência a mudanças trabalhistas, mas aberto a ajustes fiscais que beneficiem a população de baixa renda.

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