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Corpo de Juliana Marins é Liberado Após Nova Autópsia no Rio de Janeiro
Exame no IML Afrânio Peixoto busca esclarecer morte da jovem em trilha na Indonésia; família prepara despedida em Niterói
Por Matheus Daczuk
Publicado em 02/07/2025 12:32
Notìcia

O corpo da jovem Juliana Marins, de 24 anos, foi liberado por volta das 11h desta quarta-feira (2/7) após uma nova autópsia realizada no Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Rio de Janeiro. O procedimento, que durou cerca de duas horas, foi conduzido por dois peritos da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ), com acompanhamento de um especialista indicado pela família. O laudo preliminar, que pode esclarecer as circunstâncias da morte, deve ser entregue em até sete dias. A família agora organiza a despedida de Juliana em Niterói (RJ), sua cidade natal, ainda sem horário definido.

Juliana, natural de Niterói, morreu em 21 de junho após sofrer uma queda durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia. A primeira autópsia, realizada em Bali no dia 26, apontou que ela faleceu cerca de 20 minutos após a queda, devido a fraturas e hemorragia interna. No entanto, a família, por meio da Defensoria Pública da União (DPU-RJ), solicitou um novo exame no Brasil, motivada por suspeitas de omissão de socorro. Imagens de turistas e a localização do corpo em diferentes níveis do penhasco sugerem que Juliana pode ter sobrevivido por mais tempo do que o indicado, levantando questionamentos sobre a resposta das autoridades indonésias.

O corpo chegou ao Brasil na terça-feira (1º/7) em um voo da Emirates Airlines, desembarcando no Aeroporto de Guarulhos (SP) por volta das 17h. O translado até o Rio foi realizado pela Força Aérea Brasileira (FAB), com escolta policial e apoio do Corpo de Bombeiros. A família enfrentou dificuldades com a companhia aérea, que demorou para confirmar o transporte, conforme denunciado na conta @resgatejulianamarins no Instagram. A Advocacia-Geral da União (AGU) e o governo do Rio firmaram um acordo para garantir a nova necropsia, que contou com um perito da Polícia Federal (PF) para suporte técnico.

A Prefeitura de Niterói custeou o translado internacional e o sepultamento, no valor de R$ 55 mil, enquanto a DPU-RJ solicitou à PF a abertura de um inquérito para investigar as circunstâncias da morte, incluindo possíveis falhas no resgate. A demora de quatro dias para localizar Juliana, que era dançarina de pole dance e fazia um mochilão pela Ásia, gerou críticas à estrutura de resgate no vulcão Rinjani, como apontou o governador local em um vídeo.

 

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