O Distrito Federal (DF) consolidou o setor de serviços como o maior empregador da capital, com 709 mil postos de trabalho, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego até maio de 2025. Dos 1,036 milhão de trabalhadores formais, 830 mil estão no setor privado, superando o funcionalismo público, que emprega 206 mil pessoas. O comércio segue com 190 mil vagas, seguido pela construção civil (80 mil), indústria (48 mil) e agropecuária (6,4 mil). De janeiro a maio, o DF criou 25.762 novos empregos, sendo 22.415 no setor de serviços, com 61,4% no privado e 25,6% no público.
José Aparecido Freire, presidente do Sistema Fecomércio-DF, destacou a relevância do setor de serviços, comércio e turismo para a economia local: “Somos responsáveis por gerar renda, movimentar a economia e sustentar o mercado de trabalho.” O crescimento reflete a transformação do DF, que deixou de ser predominantemente dependente do serviço público, com o setor privado ganhando protagonismo.
Paralelamente, o déficit habitacional, que afeta mais de 10% da população do DF, foi tema de um encontro entre o Sinduscon-DF, a Ademi-DF e o presidente do Iphan, Leandro Grass, na terça-feira (1º/7). O presidente do Sinduscon-DF, Adalberto Valadão Jr., defendeu um “tripé” para solucionar a crise: a Lei de Parcelamento do Solo, um Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) que permita adensamento planejado e uma lei de licenciamento ambiental mais ágil. Grass reforçou que “preservação não é inimiga do desenvolvimento” e apoiou o adensamento para dinamizar a economia.
Roberto Botelho, presidente da Ademi-DF, criticou políticas habitacionais das décadas passadas que, por “equívoco de entendimento”, limitaram a oferta de moradias e empurraram populações para o Entorno, contribuindo para ocupações ilegais. Grass destacou que, há cinco anos, até 50% da população de algumas regiões administrativas enfrentava habitação precária, coabitação excessiva ou aluguéis elevados. Com a projeção de 4 milhões de habitantes no DF em 20 anos, ele defendeu uma política habitacional robusta, com infraestrutura em saúde, educação, segurança e mobilidade.
O Festival AnimaMix Caixa Seguridade, previsto para agosto, também reflete o dinamismo econômico do DF. Além de atrações como Mart’nália e “Vital – O Musical dos Paralamas”, o evento valoriza artistas locais, oferecendo cachês de R$ 3 mil a R$ 8 mil para seis bandas do DF e Goiás, com inscrições abertas de 3 a 23 de julho no site www.animamixfestival.com.br.