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Câncer de intestino que vitimou Preta Gil é o 3º mais comum no Brasil
Por Vitor Hugo
Publicado em 21/07/2025 16:34
Notìcia

O câncer de intestino, que recentemente vitimou a cantora e empresária Preta Gil, é o terceiro tipo mais frequente no Brasil. A doença, que atinge o cólon e o reto, costuma apresentar sintomas apenas em estágios avançados, o que dificulta o diagnóstico precoce e reduz as chances de cura.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa é de cerca de 45 mil novos casos por ano no país, entre 2023 e 2025. A maior incidência está na Região Sudeste, onde a doença ocupa a segunda posição entre os tipos mais diagnosticados, principalmente entre mulheres.

 

O cirurgião gastrointestinal Lucas Nacif, membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva, alerta para a importância do rastreamento, principalmente em pessoas com fatores de risco. “Quem tem histórico familiar de câncer deve iniciar os exames antes dos 50 anos, com avaliação individualizada. O rastreio inclui análise da história clínica, exame físico e exames como o teste de sangue oculto nas fezes e a colonoscopia”, explica.

Nacif também destaca que o câncer de intestino, na maioria dos casos, tem origem em lesões benignas, como pólipos. Pessoas com doenças inflamatórias intestinais crônicas, como a Doença de Crohn, também estão mais suscetíveis. Estilo de vida sedentário, obesidade, consumo excessivo de álcool, tabagismo e alimentação rica em ultraprocessados aumentam ainda mais o risco.

 

Um dos entraves para o diagnóstico precoce, segundo o especialista, é o preconceito relacionado ao exame físico. “Muitas pessoas evitam procurar um médico por medo ou vergonha do toque retal, mas esse é um exame técnico, rápido e essencial para a prevenção”, afirma.

 

Sinais de alerta

Entre os sintomas que merecem atenção estão alterações no ritmo intestinal (diarreia ou prisão de ventre), sangramento nas fezes, perda de peso e dores abdominais. No entanto, esses sinais costumam surgir quando o tumor já está em estágio avançado.

 

“Esperar pelos sintomas é um erro. O ideal é fazer o rastreio mesmo sem sinais aparentes, principalmente se houver histórico familiar ou outros fatores de risco”, reforça o cirurgião.

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